Por
Rachael Lefler (artigo traduzido do
original em inglês)
Quando as pessoas escrevem este tipo de post, como o
artigo
de Salon sobre por que o autor deixou o Partido Republicano,
muita gente responde questionando se eles eram “realmente” o que dizem ter
sido. Para mim, isso é como a
falácia do Escocês Verdadeiro, que diz que nenhum Verdadeiro X pode deixar de ser X e virar outra coisa. Acho
que muito disso tem a ver com a forma como os humanos são socialmente preparados
para criar preferências no seu grupo e preconceitos sobre outros grupos. Quando
alguém abandona nosso grupo e passa a ser um “deles”, frequentemente
suspeitamos de que ele fosse um falso amigo ou um espião do outro grupo desde o
começo. A História está cheia de exemplos assim, bem como a literatura, e não
vou te entediar com isso.
Mas a verdade é que as pessoas são mais complicadas que
isso. Eu valorizo a verdade e a racionalidade acima de qualquer preocupação com
lealdade a alguma marca ou grupo de pessoas. Lealdade, na minha experiência
pessoal, é usada muitas vezes para silenciar a verdade ou para atacar pessoas que
disseram a verdade.
Nenhuma quantidade de evidência poderia satisfazer as
pessoas que dirão que eu nunca fui uma “verdadeira” feminista. Eles dirão que
“ela nunca castrou ninguém”, “nunca fez protesto de topless”, “ela nunca
tirou um pergaminho da vagina durante uma performance artística”,
sendo assim ‘ela nunca foi uma VERDADEIRA feminista”.
Basicamente, eu era apenas uma liberal
(NT: “liberal” nos
EUA corresponde a “esquerdista” no
Brasil), e o feminismo era apenas outra maneira de dizer que eu rejeitava o
preconceito e a intolerância. Eu comprei a ideia de que feminismo significava
apenas igualdade de gênero, e eu achava que qualquer pessoa decente deveria
concordar com a igualdade entre os sexos em termos de poder político. Eu
pensava que as mulheres precisavam de uma representação melhor na mídia
sexista, o que se refletiu em alguns dos meus primeiros artigos (por exemplo
este e
este).
Acho que eu disse muitas verdades naqueles artigos, mas não
vejo mais o mundo com as lentes da teoria do patriarcado, e me afastei das
atitudes feministas em muito do que eu penso agora. Principalmente, eu acho que
o maior mito feminista é que homens e mulheres não são muito diferentes em suas
estruturas psicológicas inatas. Sendo assim, tudo – tudo MESMO – que as
mulheres fazem e os homens não, ou vice-versa, é criticado como resultado de um
cultura sexista, e não como o que
essas coisas realmente são: diferenças biológicas entre os sexos. Veja bem, a
biologia dos sexos não se resume a “algumas pessoas têm pênis, outras tem
vaginas”. Ela realmente impacta tudo no ser humano, desde o crescimento de
pelos, estrutura óssea e muscular até, isso mesmo, traços comportamentais. E,
para mim, é simplesmente desonesto quando as feministas colocam tudo sob o
guarda-chuva da teoria do patriarcado, quando existem diferenças sexuais na
psicologia e comportamento. Eu não acho que essas diferenças devam resultar
necessariamente em discriminação; na verdade, eu acho que
por causa dessas diferenças, homens e mulheres complementam um ao
outro e deveriam compartilhar o poder igualmente na sociedade.
Você poderia pensar que só essa crença - de que homens e
mulheres deveriam ter o mesmo poder político - já me torna automaticamente feminista, mas não
é assim. Isso me leva à primeira crença feminista da qual discordo.
Feminismo quer apenas
igualdade de gênero
Você não imagina quantas vezes eu discuti com feministas e
ouvi isso, e mesmo quantas vezes eu defendi isso COMO feminista. Essa frase
virou basicamente uma resposta-clichê para qualquer ocasião em que uma mulher,
ou qualquer pessoa, critica o feminismo. Elas apontarão para a definição
dicionarizada de feminismo e dirão “ei, se você acha que homens e mulheres
merecem igual tratamento perante a lei ou direitos políticos iguais, você já é
feminista!”
Para mim, isso é tão idiota quanto dizer que “O ISIS segue o
Islã, se você segue o Islã, parabéns, você já é membro do ISIS!”. Se o
feminismo só quisesse igualdade de gênero, eu acho que mais de 90% das pessoas
seriam feministas. Só que feminismo descreve posições em muitas questões
políticas. Eu costumava gostar da feminista Jessica Valenti pelo livro “He’s a
Stud, She’s a Slut” (Ele é um garanhão, ela é uma puta), que trata do duplo
critério baseado em gênero tão comum na sociedade. Mas a Jessica
NÃO acha que feminismo significa igualdade, e quando você lê blogs feministas ou assiste vídeos feministas no YouTube,
fica evidente que não é disso que se trata.
Feminismo é uma ideologia e uma visão de mundo. Ele rejeita
pessoas que não concordam com a maioria em questões como abordo, controle de
natalidade financiado pelo Estado, teoria do patriarcado e pessoas que, como
eu, pensam que as questões de gênero refletem diferenças biológicas, e não a
crença feminista oficial de que qualquer diferença de gênero é causada pela
opressão. O feminismo rotula as mulheres como oprimidas, mas ignora quando o
sexismo impacta negativamente os homens. Vai ver os homens são tão burros que
vivem oprimindo a si mesmos. Bobinhos.
Eu também não gosto como o feminismo moderno tenta se legitimar
através das preocupações legítimas que existem (ou existiram) em outros lugares
e épocas. Se você viajar no tempo ou olhar para países muito pobres e em
guerra, com certeza vai ver muitas mulheres sendo de fato oprimidas. Em
primeiro lugar, isso não tem nada a ver com o feminismo atual no Ocidente.
Segundo, eu diria que os homens nessas outras sociedades são tão oprimidos
quanto as mulheres, se não forem mais. Veja bem, quem é oprimido no
Afeganistão, as mulheres que vestem burca por medo dos radicais islâmicos ou os
homens que são pressionados a se envolver diretamente na luta armada? Sou muito
grata às gerações passadas de feministas que lutaram pelo meu direito de vestir
calças, votar e ir para a faculdade. Sou especialmente gratas às mulheres durante
a Segunda Guerra que provaram que as mulheres eram capazes de trabalhar nas
fábricas.
No entanto, eu não gosto que a menção de todas essas coisas
que devemos às gerações PASSADAS signifique que devemos aceitar o feminismo no
atacado hoje. Até porque também houve males causados pelas feministas ao longo
da História, como a legitimação da promiscuidade, ataques à família nucelar e o
aumento no índice de divórcio. Eu particularmente acho que o feminismo é uma
das principais razões que levou a cultura pop americana a seu atual estado
trash. Então não, eu acho que é
totalmente ridículo insistir que eu ou qualquer pessoa deve se rotular como
“feminista” simplesmente por defender a igualdade de gênero. Eu e acho até que,
na nossa sociedade, para realmente defender a igualdade entre os gêneros seria
melhor militar pelos direitos dos homens. Definir seus termos de uma forma que
qualquer um que discorde pareça um babaca é desonestidade intelectual.
Teoria do Patriarcado
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"Você vive usando essa palavra. Eu não acho que ela signifique o que você acha que significa." |
Patriarcado é uma palavra usada direto nos círculos
feministas. Meu lado cínico me diz que pode ser só um termo que inventaram para
calar as acusações de que elas odeiam homens. “Não, nós não odiamos
homens,
odiamos o patriarcado”. Também ligada a essa visão está a ideia de que mulheres
não-feministas estão “participando” do patriarcado, seja lá que merda isso
signifique, uma mentalidade altamente “ou está conosco ou contra nós” em
relação às mulheres. Isso vindo de um movimento de libertação das mulheres,
supostamente. Elas não querem a sua liberação, querem seu sofrimento. Querem se
masturbar com sua dor de vítima patética do “patriarcado”.
Quem me conhece bem sabe que detesto teorias da conspiração.
Elas se tornaram tão comuns na nossa cultura porque as pessoas querem algo
externo para culpar pelas coisas que deram errado na sociedade, como o 11 de
setembro, guerras, economia em declínio, perda de liberdades e crises
ambientais. Todo teórico da conspiração faz isso e, para mim, acreditar que o
patriarcado está por trás de todos os problemas afetando mulheres e meninas não
é tão diferente de botar a culpa da nossa crise econômica nos judeus. Ambas as
explicações pegam um grupo que não tem nada a ver com a história e o usam como
bode expiatório.
As feministas dizem que culpar o patriarcado não é culpar os
homens. Sério? A palavra patriarcado, etimologicamente, deriva de “pai”, e
descreve qualquer sociedade em que os homens têm a maioria do poder político. A
questão é que quase todas as sociedades, do passado e do presente, foram
patriarcados, apesar das diferenças culturais, e me parece que isso prova que
os homens são simplesmente mais dominantes e predispostos a buscar liderança
política que as mulheres, que parecem, em todas as culturas, preferir exercer
uma liderança privada e doméstica. A explicação para isso não tem a ver com uma
conspiração alienígena, mas sim com biologia; mulheres têm os bebês, bebês
precisam ser alimentados e cuidados em casa, homens tem que sair para pegar
comida e proteger a mulher e o bebê.
(...)
Enfim, eu considero que a teoria do patriarcado faz uma
série de afirmações amplas que não são corretas, então o cerne do pensamento
feminista está comprometido por uma lógica falha. Ele se baseia no pensamento
marxista sobre classe, mas no lugar da burguesia oprimindo o proletariado, é a
classe dos homens oprimindo a classe das mulheres. Isso cria generalizações e
não permite nuances ou exceções. Também desconsidera as mulheres que tiveram e
continuam a ter influência polítca. A teoria também usa opressão como um modelo
para explicar comportamentos que, na minha opinião, tem mais a ver com
características biológicas.
Cultura do estupro
Um dos primeiros abalos no meu feminismo foi ver a reação
feminista exagerada à canção “Blurred Lines”. Tudo bem, eu não gosto dessa
música e acho ela bem idiota. Mas o fato é que era apenas mais uma de muitas
músicas pop idiotas, nem melhor nem pior que as outras.
Mas não foi assim que as feministas de vários sites na
internet entenderam. Elas escreveram páginas e páginas iradas sobre como a
canção de alguma forma promove o estupro, ou pelo menos questiona o ideal
feminista sobre consentimento – que deve ser sempre sóbrio e firmemente
estabelecido, do contrário o sexo será estupro.
Ora, eu acho que é importante que o sexo seja consensual. E
ninguém realmente apoia o estupro, exceto alguns indivíduos doentes que
provavelmente não estão lendo isso porque estão na cadeia agora. Mas será que
uma música como “Blurred lines”promove o estupro?
Eu acho que não. Trechos como “I know you want it, but
you’re a good girl” são considerados “problemáticos” por algumas mulheres, mas
para mim eles significam apenas que a mulher da canção provavelmente deu pistas
não-verbais de flerte/interesse sexual, e a letra não diz, importante destacar,
nada sobre forçar uma mulher a ir pra cama com o cantor POR CAUSA desses
sinais. Consentimento verbal é ótimo, mas insistir nisso ignora o fato de que
sexo envolve sensação, olhar, linguagem corporal, hormônios e feromônios em
primeiro lugar, e em segundo a parte verbal. Eu não tinha percebido até então o
quanto o feminismo gira em torno e depende de nós mulheres ficarmos eternamente
espantando o medo de estupro. Inúmeros casos me mostraram que essa
hipersensibilidade a tudo considerado “estupro” parece cada vez menos uma
preocupação com as vítimas reais - especialmente quando são homens, totalmente
ignorados por essa teoria –e mais com uma desculpa para manter as mulheres com
medo dos homens o tempo todo. Se a sua frescura não tiver limite, qualquer
coisa pode ser chamada de estupro. As feministas não se cansam de falar sobre
estupro, como se ele estivesse em toda parte. Elas até inventam estatísticas
mentirosas para fazer parecer que um número assustador de mulheres serão
estupradas em algum momento da vida.
Mais sobre como a “cultura do estupro” não tem nada a ver
com apoiar as vítimas reais de estupro pode ser visto aqui (
http://www.avoiceformen.com/feminism/feminisms-mythological-rape-culture/
). Basicamente, esse autor compartilha minha crença de que a “cultura do
estupro” foca apenas numa relação binária, em que os homens são sempre os
perpetradores e as mulheres são sempre apenas vítimas. Esse não é o mundo em
que vivemos.
A diferença salarial
entre os gêneros é causada por sexismo
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A DIFERENÇA SALARIAL. Uma das maiores mentiras inventadas pelas feministas |
Longe disso. A diferença salarial entre os gêneros
desaparece quando você realmente olha – como as feministas dizem – para
mulheres e homens que fazem o mesmo trabalho. Aquele papo de que “mulheres
ganham 77 centavos para cada dólar que os homens ganham” NÃO estava
considerando mulheres que fazem o mesmo trabalho que homens e descobrindo que
elas ganhavam menos por serem mulheres. Acontece que as mulheres escolhem
trabalhos que são geralmente em ambiente coberto, doméstico e atividades como
pedagogia, biblioteconomia e enfermagem, enquanto os homens tendem a escolher
mais trabalhos ao ar livre, envolvendo mais força física e risco de acidente,
pelos quais eles recebem mais, mas sofrem taxas muito mais altas de acidentes e
mortes no trabalho.
"Mas como ousa um pescador de caranguejo ganhar mais que uma
bibliotecária?"
Seja como for, vários estudos já refutaram o argumento da
diferença salarial, então não vou perder muito tempo com isso. Mesmo o
ultra-liberal Huffington Post fez um
artigo sobre isso. É tão óbvio que a tal diferença salarial não é um problema real. E se fosse,
será que as empresas não contratariam mais mulheres e evitariam os homens, já
que poderiam cortar gastos se as mulheres aceitassem mesmo ganhar menos? Outra
verdade inconveniente para as feministas é o fato de as mulheres fazerem
escolhas diferentes no balanço vida pessoal x carreira, preferindo mais tempo
com a família a longas horas de trabalho. Se algum sofre de expectativas
sexistas, são os homens, com a expectativa de que eles devem ser máquinas de
trabalho que não precisam de vida familiar nem descanso, porque pedir isso aos
chefes faz os homens parecerem fracos, mas para as mulheres já é algo
perfeitamente natural.
Além disso, segundo uma matéria que ouvi na NPR sobre uma
mulher que trabalha num alto cargo em Wall Street, as mulheres ganham menos bônus
que os homens porque elas simplesmente não os pedem com tanta frequência ou com
tanta cara-dura quanto os colegas homens. Isso não é cultura sexista, são
impulsos biológicos. Os homens sentem
necessidade buscar mais e mais dinheiro, e as mulheres podem ajudar nossa
sociedade obcecada por dinheiro porque elas parecem se contentar com menos e
entendem a necessidade de conciliar trabalho e vida pessoal. Mas não escolha
tirar mais tempo de folga e pedir menos aumentos e depois venha culpar o
sexismo por seu colega ter ganho um aumento que ele PEDIU, enquanto você não
ganhou um aumento que você NÃO pediu, ok? Simples.
Sexismo é o motivo
pelo por que há poucas mulheres em engenharias e ciências exatas
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"Devia haver mais mulheres em matemática e ciências". Formou-se em Estudos Feministas. |
Essa questão remete ao debate natureza x educação. As
feministas querem te convencer de que o patriarcado ou o sexismo é o que faz as
mulheres escolherem, de modo geral, ir para as ciências humanas e sociais, em
detrimento das ciências exatas.
Isso me irrita por duas razões. Primeiro, feminismo é sobre
escolhas e liberdade para as mulheres, então por que reclamar de mulheres
fazendo escolhas “erradas”? Segundo, isso reforça o mito, comum na nossa
sociedade, de que os diplomas em humanidades e ciências sociais valem menos que
os diplomas em tecnologia e engenharia. Se eu estou numa depressão, não vou
consultar um bacharel em ciência da computação. Se eu quero encontrar a solução
para o conflito Israel-Palestina, provavelmente não ligarei muito para que os
matemáticos têm a dizer sobre o assunto. Nós temos essa crença na tecnocracia,
vemos a ciência e a tecnologia como uma panaceia, mas eu acho que não são, e
que existem inúmeras utilidades nas ciências humanas.
Novamente, eu acho que isso é um caso de naturezas
diferentes, mas complementares, de homens e mulheres. Mas as feministas veem
essa divisão de áreas por gênero e pensam que ela não é resultado de
preferência diferentes, mas sim de uma socialização desigual. “Meninas são
socializadas para não querer ser engenheiras pelo fato de que os Legos são vistos
como para meninos”, elas reclamam. Acontece que eu brincava com Lego e outros
brinquedos de construção, e nem por isso me tornei engenheira. Legos são de
gênero neutro, não “masculinos”. (voltarei à questão dos brinquedos mais tarde,
é um dos tópicos feministas que realmente me irrita)
Outro problema é que esse mito enxerga as mulheres como
tendo mentes tão fracas que podem ser dissuadidas de perseguir seus sonhos por
causa do sexismo. Isso ignora a coragem de mulheres que realmente fizeram
coisas incríveis nas áreas tidas como masculinas, e assume que as mulheres
podem ser psicologicamente demolidas por qualquer coisa remotamente ofensiva,
como uma camisa.
|
Deveríamos poder vestir o que quisermos sem sermos objetificadas. Pousou uma nave num cometa. Forçado a se desculpar porque sua camisa ofendeu feministas. |
Essas coisas me deixam louca, preciso de uma pausa para
gatinhos.
|
Ah, bem melhor. |
A sociedade
marginaliza e subestima a violência contra mulheres
Como na “cultura do estupro”, esta alegação feminista diz
que a sociedade possui um preconceito oculto ou misoginia que faz as pessoas
não respeitarem mulheres vítimas de violência ou não as levarem tão a sério.
Mas o modo como a mídia e a sociedade estão estruturadas (com muito mais abrigos
para mulheres vítimas de violência que para homens na mesma situação, por
exemplo) aponta justamente para o contrário. (...)
De fato, o que eu vejo acontecer é o oposto: vejo homens que
são atacados por mulheres sendo chamados de “viadinhos”, ou seja, tendo sua
masculinidade questionada, mas mulheres que são atacadas por homens são vistas
como “sobreviventes” e – simultânea e paradoxalmente – como “vítimas caladas da
opressão”... sei, como se alguém as estivesse silenciando, quando elas estão
por toda parte na internet e nos noticiários. Acabo de assistir um especial de
uma hora da CNN sobre as mulheres que estão acusando o ator Bill Cosby de
estupro. Ninguém está silenciando ou marginalizando essas mulheres, a maioria
das pessoas está é parabenizando elas pela coragem de finalmente vir a público
contar em detalhes embaraçosos suas lembranças traumáticas. Mas a narrativa
feminista é que as mulheres têm que sempre, em todos os casos, ser VÍTIMAS.
Isso leva as feministas a:
- Ignorar e marginalizar casos em que a vítima é homem,
muitas vezes ridicularizando sem piedade esses homens (como neste vídeo.)
- Ignorar e marginalizar casos em que uma mulher comete a
agressão, chegando até ao ponto de apoiar a agressora (também está no vídeo
acima).
- Apoiar atitudes sexistas, paradoxalmente, sobre como as
mulheres são vítimas e os homens são os valentões agressivos.
Basicamente, a teoria feminista se apoia no padrão
homens=culpados e mulheres=vítimas. Nos casos em isso está invertido, as
feministas ainda encontram um jeito de culpar os homens ou o “patriarcado” pela
vitimização masculina ou, mais frequentemente, elas simplesmente ignoram esses
casos como meras exceções da regra geral. Mas deveria ser óbvio que,
provavelmente devido a diferenças biológicas, as pessoas em geral têm mais
empatia pelas mulheres que pelos homens, e essa habilidade feminina de inspirar
empatia não é algo que devemos ao feminismo.
Gênero não tem
relação com o sexo biológico
|
Cortar metade do cabelo. Desenhar um bigode em metade do rosto. Porque o patriarcado! |
A teoria de gênero propagada pelas feministas mainstream atuais
diz que não existe base biológica para os gêneros; que é tudo uma questão
cultural, e que o sexo físico não determina o gênero cultural. Acontece que,
para a grande maioria das pessoas, seu sexo biológico também determina muitas
das suas características psicológicas inatas. Eu sei que existem pessoas com
diversos distúrbios que não possuem sexo, ou possuem algum intermediário entre
os dois sexos normais. Mas dizer que isso invalidade a ideia de que sexo existe
é como dizer que, já que existem muitos distúrbios neurológicos, você não pode
criar um teste de inteligência, porque a pessoa a ser testada pode ter um
desses distúrbios. Não que pessoas com alguma desordem sejam de alguma forma
menos humanas, mas falar delas não é uma maneira útil de discutir gênero ou
sexo.
Existem dois gêneros, porque na natureza existem dois sexos.
Eu sei que esta posição será extremamente controversa, e já posso ouvir a
chiadeira. Mas, basicamente, todos os outros tipos de gênero ou sexo não fogem
realmente desse binário, eles são na verdade alguma combinação de
características masculinas e femininas. Um transgênero é apenas alguém
biologicamente homem ou mulher que escolheu se identificar culturalmente como
do sexo oposto. Eu não vejo problema nisso.
O que me preocupa é ver as pessoas insistindo que gênero não
tem relação nenhuma com biologia, como se um velho barbudo no alto de uma
montanha tivesse nos dado essas regras para a definição patriarcal de gênero. A
verdade é que, desde muito novos, meninos e meninas exibem diferenças
psicológicas, como qualquer um que já tenha sido pai ou professor de crianças
pequenas sabe, e conforme crescemos e chegamos à puberdade, essas diferenças
nos nossos cérebros se acentuam ainda mais. Não dá pra separar mente e corpo
aqui. Mulheres e homens tem níveis diferentes de certos hormônios, os estímulos
afetam seus cérebros de maneiras distintas, eles se comunicam diferentemente, e
têm prazer em tipos de atividades diferentes. Não existe uma conspiração
maléfica nisso, é simplesmente o modo como as coisas são. Pare de tentar desesperadamente ser especial e uma exceção, e
aceite simplesmente que existem tendências gerais para os gêneros. Você deve
fazer aquilo que lhe parecer mais natural, sem se preocupar em como isso
deveria mudar a maneira como você se rotula.
Um coisa que eu odeio especialmente é o termo
“genêro-fluido”.. pelo amor de Deus, você não é uma incrível pessoa
“gênero-fluida” se é homem e gosta de bordado, ou se é mulher e gosta de
caratê. Você é apenas um cara que gosta
de bordar ou uma mulher que curte caratê! Simples assim. O termo parece
reforçar estereótipos, quando assume que se um homem ou mulher age de maneira
não-estereotipada, eles só podem estar agindo “como um homem” ou “como uma
mulher” devido a uma super-rara-mega-ultra- cool-identidade-de-gênero, faça-me
o favor.
Crianças não têm
preferências inatas que variam com o gênero/sexo
Todo dezembro as festas de fim de ano são marcadas por uma
grande tradição feminista: reclamar dos
brinquedos infantis. Você fica pensando se essas mulheres não tem nada
melhor pra fazer do que reclamar de algo tão ridiculamente trivial. Afinal, as
feministas vivem dizendo que o feminismo trata de questões políticas muito
sérias, mas o que a gente mais vê é elas reclamando sobre:
- letras de música
- uma camisa
- lâminas de barbear/depilar
- fantasias de Halloween
- filmes da Disney
- bonecas
- Legos (o horror!)
- árvores (talvez)
Quanto mais elas reclamam desses pseudo-problemas triviais,
mais difícil fica levar as feministas a sério. Será que os brinquedos praticam
sexismo? Brincar com Barbies faz uma lavagem cerebral nas meninas para que se
tornem esposas submissas? Se qualquer outra pessoa dissesse que os brinquedos
são instrumentos de lavagem cerebral infantil, ela seria chamada de louca, mas
devemos concordar quando uma feminista diz que algum brinquedo é um instrumento
dos homens para influenciar as meninas? Que diabos?
Na realidade, o motivo pelo qual as fabricantes fazem os
brinquedos desse jeito é por que equipes de pesquisa e desenvolvimento gastaram
muito tempo e dinheiro testando seus produtos e vendo quais teriam mais chance
de sucesso no mercado. Meninas parecem preferir naturalmente cores claras (como
o rosa) e brincadeiras sociais e de cuidar. Elas também parecem preferir
brincadeiras envolvendo imaginação e fantasia. Já os meninos parecem preferir
brincadeiras violentas, de destruir coisas, e jogos envolvendo objetivos e
estratégia. Meninos gostam mais de ação, e também gostam mais de
ciência/tecnologia que meninas.
Quase toda criança será exceção em alguma dessas tendências
gerais, claro. Quando eu era criança, por exemplo, eu achava Barbie muito
chata, e adorava jogos de computador. No entanto, a tendência geral ainda é uma
maneira válida das fabricantes preverem o que vai agradar meninos e meninas. É
muito difícil, dadas essas diferenças inatas, criar brinquedos que agradem
igualmente a meninos e meninas. E conforme meninos e meninas crescem, as
diferenças também aumentam.
Videogames e cultura
gamer = misoginia
Conclusão
Desculpem pelo tamanho do post. Se você gosta do meu
trabalho, por favor veja meu perfil e
meus outros artigos – basicamente sobre
anime no Hubpost e em breve mais
artigos críticos ao feminismo no A Voice For Men. Não é minha política banir comentários, mas tente fazê-los razoáveis e
respeitosos. Ninguém merece ser atacado só por discordar de você, embora eu me
sinta quase convidando ataques só por ousar falar abertamente e dizer ao mundo
o que eu realmente penso. Mas, se você não for maldoso comigo, não serei com
você, então não hesite em comentar.
Sobre a
autora: Rachael Lefler
Rachael é
fã de anime e começou escrevendo um blog sobre o assunto, mas também se interessou
em política e direito durante seus estudos na Illinois State University. Embora
sua formação principal seja em História da Arte, ela pretende estudar Direito Internacional
após a graduação. Seus interesses acadêmicos são variados, incluindo ciência,
arte, psicologia, sociologia, línguas, história, literatura, direito e
filosofia.